Filme brasileiro de 97, dirigido por Bruno Barreto e baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, narra o sequestro do embaixador americano no Brasil, pelo MR - 8, para troca-lo por prisioneiros políticos. O filme retrata o período do golpe militar de 64 e do Ato Institucional nº 05, que acabou com a liberdade de imprensa e os direitos civis em nosso país. O filme foi indicado ao Òscar de melhor filme estrangeiro no mesmo ano, onde o brasil perdeu mais uma vezpara um filme holandês, Karakter de Mike Van Diem. Vamos discutir a partir do filme o período da ditadura no Brasil, em seu comentário trace também um paralelo com os dias atuais, destacando alguma ditadura existente hoje. Pesquise e discuta também sobre a situação da imprensa àquela epóca, comparando-a também com a imprensa em nossos dias!
FICHA TÉCNICA:
gênero:Drama duração:01 hs 45 min ano de lançamento:1997 estúdio:Luiz Carlos Barreto Produções Cinematográficas / Filmes do Equador / Pandora Cinema / Quanta / Sony Corporation of America distribuidora:Miramax Films / Riofilmes direção: Bruno Barreto roteiro:Leopoldo Serran, baseado em livro de Fernando Gabeira produção:Lucy Barreto e Luiz Carlos Barreto música:Stewart Copeland fotografia:Félix Monti figurino:Emilia Duncan edição:Isabelle Rathery efeitos especiais:DVC Arte & Técnica / Farjalla
Texto de Mônica Almeida Kornis, que discute como trabalhar a representação do real feita pelas imagens cinematográficas e seu papel no estudo de história.
Baseado no romance autobiográfico escrito por Sue Monk Kidd, A vida Secreta das Abelhas, conta a história de Lily, uma garota de 14 anos atormentada pela culpa de matar acidentalmente a mãe quando tinha quatro anos.
Como se não bastasse, Lily ainda tem que conviver com o pai violento, que só aumenta a culpa da garota. As vésperas de seu aniversário, Lily foge com a sua babá, Rosaleen, que havia sido presa, após revidar a agressão de três racistas.
Seguindo algumas pistas deixadas nos pertences de sua mãe, Lily e Rosaleen vão para Tiburon, onde são acolhidas pelas irmãs Boatwright, que ganham a vida como apicultoras. Onde Lily começa uma jornada para o autoconhecimento e conhece de verdade o que é ter um lar.
A história ambientada nos anos 60, em plena luta pelos direitos civis, aborda o preconceito na sociedade sulista da epóca.
A partir do filme, vamos discutir a questão do racismo e da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos da década de 60. Além de estudarmos essa época, é interessante buscar um paralelo com os dias atuais. Não apenas nos EUA, mas também no nosso próprio país, como anda a questão do racismo e dos direitos civis hoje? Comente!
FICHA TÉCNICA:
Diretor: Gina Prince-Bythewood
Elenco: Dakota Fanning, Paul Bettany, Hilarie Burton, Queen Latifah, Jennifer Hudson, Alicia Keys, Tristan Wilds, Nate Parker, Sophie Okonedo, Shondrella Avery, Addy Miller, Joe Chrest, Emily Alyn Lind, Taylor Kowalski.
Produção: James Lassiter, Ewan Leslie, Joe Pichirallo, Lauren Shuler Donner, Will Smith
Roteiro: Gina Prince-Bythewood, baseado no romance best seller de Sue Monk Kidd
Fotografia: Rogier Stoffers
Trilha Sonora: Mark Isham
Duração: 114 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Donners' Company / Overbrook Entertainment
Um grupo de homens pré-históricos tem no fogo um importante recurso para a garantia de sua sobrevivência, e após serem atacados e expulsos de seu território por um grupo rival, tem sua fonte de fogo acidentalmente extinta. O que os obriga a destacar três membros de seu grupo para partir em busca de uma nova fonte de fogo. Nessa jornada eles têm contatos com diversos grupos sociais, até que encontram um grupo que detém o conhecimento para produzir o fogo.
Dirigido por Jean-Jacques Annaud, o filme A Guerra do Fogo tem uma história aparentemente simples, mas seu enredo aborda várias questões acerca do homem e seu relacionamento com os outros indivíduos e com o meio em que vive.
O primeiro ponto a ser abordado é a visão que é passada pelo filme dos grupos sociais, eles não representam estágios da evolução do homem, mas culturas diferentes, diferentes saberes, que a seu modo, garantem a sobrevivência do grupo. E a partir da partilha desses saberes, é que os grupos evoluem, ao transformar velhos ou adquirir novos costumes.
Em seu livro, “Cultura: Um conceito antropológico”, Roque de Barros Laraia, coloca três características da cultura:
1. Os indivíduos participam diferentemente de sua cultura
2. A cultura tem uma lógica própria
3. A cultura é dinâmica
E no filme de Annaud, vemos claramente essas três características. Voltando à questão da partilha de saberes, Laraia afirma que a partir de influências internas e / ou externas, a cultura se modifica constantemente, e por isso é dinâmica. Assim fica claro essa característica no filme, quando os dois grupos que interagem entre si, partilhando os saberes tem suas culturas transformadas, o grupo dos protagonistas por exemplo, aprende a sorrir, a manipular armas, a produzir o fogo.
Já na cena inicial, quando percebemos uma divisão de funções: um membro é o sentinela do grupo, outro é o guardião do fogo; vemos um exemplo da primeira característica, cada indivíduo participa diferentemente de sua cultura. O que é visto também em outros grupos, no grupo da mulher, por exemplo, vemos que ela tem uma função diferente das outras mulheres, que são reprodutoras.
A diferença que há entre as culturas, é o exemplo da segunda característica, o funcionamento interno de cada uma, a hierarquização do grupo, a localização geográfica, tudo isso influi no grupo e mostra que cada cultura tem sua lógica, fruto de suas experiências vividas. “A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a que pertence.” (LARAIA, 1997, p.90)
A tecnologia como uma fonte de poder, conceito que foi trabalhado por teóricos da escola de Frankfurt, como Habermans e Marcuse, também é mostrado nesse filme. Para eles, “...a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder político em expansão que absorve todas as esferas da cultura”. (HABERMAS, 1975, p. 305).
A partir do momento em que o grupo aprende a usar arco e flecha, com o grupo da mulher, eles se tornam capazes de lutar contra grupos mais fortes ou mais numerosos. Isso também pode ser dito em relação à forma como cada grupo se relaciona com a natureza, á medida que o grupo aprende a domina-la ele aumenta suas chances de sobrevivência, a cena em que os protagonistas usam os mamutes para fugirem do grupo rival, é um exemplo disso. A própria busca pelo controle do fogo, também mostra essa característica.
Marc Ferro, em seu livro “Cinema e História” mostra como o cinema se configura como um documento histórico, ao retratar a realidade de determinada época, ou ainda retratar um fato importante da própria história. “O filme, aqui, não está sendo considerado do ponto de vista semiológico. Também não se trata de estética ou de história do cinema. Ele está sendo observado não como uma obra de arte, mas sim como um produto, uma imagem-objeto, cujas significações não são somente cinematográficas. Ele não vale somente por aquilo que testemunha, mas também pela abordagem sócio-histórica que autoriza.” (FERRO, 1976, p. 87.) A Guerra do Fogo, é um exemplo disso, quando retrata a Pré-história, mais o filme também pode ser um documento para a antropologia, à medida que, como foi dito no início desse texto, mostra questões do homem e sua relação com os indivíduos e com o seu meio.
CONFIRA O TRAILER DO FILE NO VÍDEO ABAIXO:
FICHA TÉCNICA:
Diretor: Jean-Jacques Annaud
Elenco: Everett McGill, Rae Dayn Chong, Ron Perlman, Nameer El-Kadi, Gary Schwartz, Kurt Schiegl, Frank Olivier Bonnet, Brian Gill.
Produção: Michael Gruskoff, Denis Heroux, John Kemeny
Neste livro, o historiador Marc Ferro discute fatos históricos fundamentado em algumas obras cinematográficas e ao mesmo tempo demonstra as potencialidades do cinema como documento, agente e testemunho da história, colocando a sétima arte, também como importante recurso didático para o ensino de história! Leitura Obrigatória!
Através do cinema, abrem-se muitas possibilidades! Como diria Marc Ferro, o cinema e um documento histórico, e muito mais do que isso, os filmes são agentes e testemunhos da história, pois ele pode retratar uma epóca, ou estar impregnada do contexto em que foi produzido! E com o objetivo de discutir e aprender história através do cinema, foi criado este blog. Aqui, além de textos falando sobre fatos históricos, ou sobre a história em si, estaremos postando comentários de filmes que tratam de epócas ou acontecimentos da história. Mas essa construção de aprendizado só é possível com a sua participação, por isso, esperamos discutir bastante com vocês os temas aqui abordados!